Oi pessoas!!
Como estão? Espero que bem!
Escrevo escutando o barulho da chuva lá fora... esse final de semana ela esteve presente todo o tempo aqui em Barbacena... e nada melhor do que a combinação chuva + frio + chocolate quente + um bom livro de poesia!!!huahuahuahua!!! E então aproveitei esse fim de semana chuvoso para matar a saudade dos meus livros da Ana Cristina César. Muita gente me pergunta quem ela é, por isso vou fazer um resumo rapidinho pra quem não conhece, conhecer e quem conhece, se lembrar...
Ela nasceu em 1952, no Rio de Janeiro. Depois de 68, ficou um ano em Londres, primeiras viagens pelo mundo, e na volta deu aulas, traduziu, fez letras, escreveu para revistas e jornais alternativos, saiu na antologia 26 Poetas Hoje, de Heloísa Buarque de Hollanda; publicou, pela Funarte pesquisa sobre literatura e cinema, fez mestrado em comunicação, lançou seus primeiros livros em edições independentes: Cenas de Abril e Correspondência Completa. Dez anos depois, foi outra vez a Inglaterra, onde, às voltas com um M.A. em tradução literária, escreveu muitas cartas e editou Luvas de Pelica. Ao retornar, descobriu São Paulo mas fixou residência no Rio. Trabalhou em jornalismo, televisão e escreveu A Teus Pés. Suicidou-se no dia 29 de outubro de 1983.
Foi um resuminho mega rápido mesmo, só pra vocês terem uma base sobre Ana C.
Foi um resuminho mega rápido mesmo, só pra vocês terem uma base sobre Ana C.
A escrita de Ana Cristina é totalmente envolvente. Eu sou muito suspeita pra falar porque sou fã de carteirinha! hehehehe.... Ela consegue criar um jogo de linguagem com textos curtos, poemas fragmentados, cartas, páginas de diário... a escrita dela é apaixonante.... Bom, eu poderia ficar aqui a tarde inteira escrevendo sobre ela (risos), mas preciso voltar para minha (re)leitura.
Vou deixá-los com alguns poemas pra, quem sabe, estimulá-los a procurar mais!
CIÚMES
Tenho ciúmes deste cigarro que você fuma
Tão distraidamente.
Abril/68
Tenho uma folha branca
e limpa à minha espera:
mudo convite
tenho uma cama branca
e limpa à minha espera:
mudo convite
tenho uma vida branca
e limpa à minha espera.
5.2.69
E penso
a face fraca do poema/ a metade na página
partida
Mas calo a face dura
flor apagada no sonho
Eu penso
A dor visível do poema/ a luz prévia
Dividida
Mas calo a superfície negra
pânico iminente do nada.
Então é isso!
Bjo,bjo!
Amanhã visitaremos a E.E. Embaixador José Bonifácio. Acompanhem as notícias no site do PIP II da SRE Barbacena.
Amanhã visitaremos a E.E. Embaixador José Bonifácio. Acompanhem as notícias no site do PIP II da SRE Barbacena.
J.