domingo, 27 de novembro de 2011

Fim de semana de chuva e... poesia!

Oi pessoas!!
Como estão? Espero que bem!
Escrevo escutando o barulho da chuva lá fora... esse final de semana ela esteve presente todo o tempo aqui em Barbacena... e nada melhor do que a combinação chuva + frio + chocolate quente + um bom livro de poesia!!!huahuahuahua!!! E então aproveitei esse fim de semana chuvoso para matar a saudade dos meus livros da Ana Cristina César. Muita gente me pergunta quem ela é, por isso vou fazer um resumo rapidinho pra quem não conhece, conhecer e quem conhece, se lembrar...



Ela nasceu em 1952, no Rio de Janeiro. Depois de 68, ficou um ano em Londres, primeiras viagens pelo mundo, e na volta deu aulas, traduziu, fez letras, escreveu para revistas e jornais alternativos, saiu na antologia 26 Poetas Hoje, de Heloísa Buarque de Hollanda; publicou, pela Funarte pesquisa sobre literatura e cinema, fez mestrado em comunicação, lançou seus primeiros livros em edições independentes: Cenas de Abril e Correspondência Completa. Dez anos depois, foi outra vez a Inglaterra, onde, às voltas com um M.A. em tradução literária, escreveu muitas cartas e editou Luvas de Pelica. Ao retornar, descobriu São Paulo mas fixou residência no Rio. Trabalhou em jornalismo, televisão e escreveu A Teus Pés. Suicidou-se no dia 29 de outubro de 1983.

Foi um resuminho mega rápido mesmo, só pra vocês terem uma base sobre Ana C.
A escrita de Ana Cristina é totalmente envolvente. Eu sou muito suspeita pra falar porque sou fã de carteirinha! hehehehe.... Ela consegue criar um jogo de linguagem com textos curtos, poemas fragmentados, cartas, páginas de diário... a escrita dela é apaixonante.... Bom, eu poderia ficar aqui a tarde inteira escrevendo sobre ela (risos), mas preciso  voltar para minha (re)leitura. 
Vou deixá-los com alguns poemas pra, quem sabe, estimulá-los a procurar mais!

CIÚMES

Tenho ciúmes deste cigarro que você fuma
Tão distraidamente.

Abril/68




Tenho uma folha branca 
                              e limpa à minha espera:


mudo convite

tenho uma cama branca
                            e limpa à minha espera:

mudo convite

tenho uma vida branca
                            e limpa à minha espera.


5.2.69


E penso
a face fraca do poema/ a metade na página
partida
Mas calo a face dura
flor apagada no sonho
Eu penso
A dor visível do poema/ a luz prévia
Dividida
Mas calo a superfície negra
pânico iminente do nada.


Então é isso!
Bjo,bjo!
Amanhã visitaremos a E.E. Embaixador José Bonifácio. Acompanhem as notícias no site do PIP II da SRE Barbacena.
J.

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